HOUSE IN COLARES II

ARQUITECTO/DESIGNER

Frederico Valsassina Arquitectos

COLABORADORES

Arquitectura: Rita Conceição Silva, Marta Valsassina
Fundações e Estruturas: Grese Engº Ricardo Sampaio
Instalações Técnicas Especiais: Obter o Engº Raúl Bessa
Instalações Hidráulicas: Ductos Engº Francisco Vieira de Sampaio
Acústica: Certiprojecto Engº Palma Ruivo
Construtor: Abílio Carvalho
Molduras de janela: Jofebar, PanoramAH!

LOCALIZAÇÃO

Colares, Sintra, Portugal

ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

270.25 m2

ÁREA

3240.00 m2

DATA

2013

DESCRIÇÃO

No denso pinhal junto à Praia das Maçãs (Praia da Maçã) a casa paira sobre a paisagem.
Optamos por um único volume com duas faces distintas: uma mais fechada e outra mais exuberante e exposta. Marca a entrada na elevação cega por uma rampa que nos transporta suavemente para o interior da casa que, de forma inesperada, se funde com o exterior. O tema de estar dentro e fora, tanto dentro como fora, é intrínseco à atmosfera destinada a uma habitação sazonal como esta: todos os espaços da casa têm acesso autónomo a partir do exterior. Assim, todos os ambientes estabelecem uma forte relação com o pinhal, o pátio surge desta vontade e serve de charneira entre área social e privada. Na sala, a continuidade do espaço é maior: dois grandes planos de vidro que passam um sobre o outro e abrem alternadamente para o alpendre. Os poucos materiais da casa criam uma atmosfera única, o pavimento interior e exterior é o mesmo – cimentado – garantindo a unificação dos espaços.

A varanda exterior, devido à sua elevação em relação ao terreno, aparece como um alpendre acima da floresta de pinheiros. Se a casa de um lado nasce do terreno, do outro, devido à topografia natural, delicadamente levita sobre ela. Esta solução aparece de certa forma como uma estratégia de conforto ambiental, a serra de Sintra tem um nível de humidade muito elevado, com esta solução diminui a transferência de humidade do solo para a casa.

O programa é simples e foi pensado para o local onde se encontra, com o clima existente. Desta forma, pretende-se uma maior absorção da luz solar: Quartos virados a sul, um escritório que aparece como um local de actividades colectivas e aberto para passagem, sala a oeste e cozinha a norte. As grandes janelas envidraçadas permitem a entrada de luz natural em grande parte do dia e, portanto, o aquecimento do espaço.

Minimizando os efeitos na paisagem natural do lugar, o pinhal ficou como estava antes desta existência: a casa é uma plataforma que flutua no terreno de areia.

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